AZAMERICAPOST: TV paga revive Anos Rebeldes, da Rede Globo

TV paga revive Anos Rebeldes, da Rede Globo

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TV paga revive Anos Rebeldes, da Rede Globo



Anos Rebeldes retorna à TV hoje, pelo canal Viva. A série deve repetir o sucesso da reprise de Vale Tudo, que deu à emissora a liderança de audiência nos horários em que é exibida, às 0h45 e ao meio-dia.

A produção de 20 capítulos de Gilberto Braga retrata a história de um grupo de amigos que vive no Rio de Janeiro sob o regime militar.

Apesar de ser estrelada por Malu Mader e Cássio Gabus Mendes, Cláudia Abreu foi quem roubou a cena no papel de Heloísa, "patricinha" que ingressa na luta armada.

Cássio Gabus Mendes e Malu Mader em Anos Rebeldes

ANOS REBELDES:

Anos Rebeldes é uma minissérie de 20 capítulos, produzida e transmitida pela Rede Globo entre 14 de julho e 14 de agosto de 1992, às 22h30.
Escrita por Gilberto Braga e Sérgio Marques com a colaboração de Ricardo Linharese e Ângela Carneiro, foi inspirada nos livros "1968 - O Ano Que Não Terminou", de Zuenir Ventura e "Os Carbonários", de Alfredo Sirkis. Com direção de Dennis Carvalho.
O cenário é o Rio de Janeiro da classe média e a trama mostra o romance entre os jovens Maria Lúcia e João Alfredo, história que acontece paralela a trajetória de um grupo de colegas do tradicional Colégio Pedro II, desde 1964, quando se forma e se instala no Brasil o violento regime de ditadura até 1979, altura em que a política governamental terá já influenciado definitivamente os seus destinos.

Grande parte das cenas foi filmada em estúdio. O Teatro Opinião e parte do cinema Paissandu foram reconstituídas pelo cenógrafo Mário Monteiro e pela produtora de arte Cristina Médicis.
O cineasta Sílvio Tendler, através de uma extensa pesquisa em fotos, recortes de jornais, e arquivos da própria TV Globo, Cinemateca Brasileira de São Paulo e Arquivo Nacional, foi o responsável pelos fotogramas em preto e branco que eram transmitidos ao longo da minissérie.
Algumas cenas foram gravadas a preto e branco e em 16 mm para fundir com o material de arquivo.
Na trama Maria Lúcia (Malu Mader) é uma jovem individualista, traumatizada com a história do pai, Orlando Damasceno (Geraldo Del Rey), um jornalista conhecido e membro do Partido Comunista que sempre colocou seus ideais acima da realização pessoal. Quando ela conhece João Alfredo (Cássio Gabus Mendes), percebe que ele tem o mesmo perfil do pai e tem medo de se entregar à paixão. João, por sua vez, é um jovem de classe média extremamente preocupado com as questões sociais do país. Ao se apaixonar por Maria Lúcia, ele fica dividido entre o relacionamento afetivo e a militância política.
O melhor amigo de João, Edgar (Marcelo Serrado), também se apaixona por Maria Lúcia e passa a disputar o amor da jovem com João Alfredo. Com o perfil oposto ao do amigo, Edgar não se envolve com as questões sociais do país, preferindo investir na profissão e na felicidade pessoal.
Apesar de se amarem, Maria Lúcia e João Alfredo vivem em conflito por causa da política e da ideologia de cada um. O namoro dos dois fica ainda mais difícil quando ele decide entrar para a luta armada. Após muitos encontros e desencontros, os dois acabam se separando definitivamente. Ela se casa com Edgar, e João, perseguido pela ditadura, é obrigado a sair do país.
Entre os companheiros do movimento está Heloísa (Claudia Abreu), filha do poderoso banqueiro Fábio Brito (José Wilker), que ajudou a financiar o golpe militar de 1964. De garota rica e mimada, Heloísa dá uma reviravolta em sua vida ao entrar para luta armada.
O destino dos personagens está diretamente ligado ao momento político do país, que para atenuar a sobrecarga de tensão ficou apenas como pano de fundo, como ocorreu com o período histórico da minissérie Anos Dourados, também de Gilberto Braga.
Pouco tempo antes de sua estréia, a minissérie teve que ser reescrita do 11º ao 14º capítulos. O vice-presidente de operações da TV Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (Boni), quis que o Gilberto Braga a reescrevesse pois, de acordo com ele, o autor havia exagerado na parte política e deixado o romance, fio condutor da trama, de lado.

As gravações tiveram de ser temporariamente suspensas.
Deve-se a influência da minissérie, o ato de pedido de impeachman do então Presidente da República do Brasil Fernando Collor de Mello. Os jovens com os ânimos inflados pelo comportamento dos personagens da trama foram às ruas com a cara pintada, gritando fora Collor. E o presidente depôs.
Abertura da minisérie



cena da minisérie (morte da Heloisa)

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